Edifícios sustentáveis, mais indispensáveis do que nunca
Uma revolução à escala europeia
A eficiência energética dos edifícios é um importante desafio político à escala europeia, uma vez que os edifícios são responsáveis por 40% da energia consumida na Europa. A sétima edição do Barómetro do Habitat Saudável VELUX revela que 50 milhões de lares europeus estão em situação de precaridade energética, sendo que um em cada trêseuropeus é afetado por pelo menos um risco associado ao ambiente interior (humidade, bolores, escuridão, frio, ruído excessivo e outros).
Felizmente, a Europa está a tomar consciência da alavanca para o desenvolvimento que é a construção de edifícios mais saudáveis. As características dos edifícios sustentáveis tornam-os investimentos duradouros, protegendo o planeta e assegurando o conforto de todos sem esgotar os recursos energéticos ou emitir mais CO2. Sendo este um esforço indispensável para a estratégia da União Europeia de atingir a neutralidade carbónica até 2050, a edificação sustentável beneficiará em breve de um novo arsenal legislativo.
" Nunca o momento foi mais propício para a melhoria dos nossos edifícios envelhecidos, que consomem 40% da energia na Europa. Além de necessitarmos de um arsenal legislativo ambicioso para atingirmos a neutralidade carbónica até 2050, temos também de alterar a forma como encaramos os edifícios de hoje, substituindo o desempenho energético por uma abordagem global que engloba os desafios do clima, do ambiente e da saúde. »
Catherine Juillard, Diretora de Relações Institucionais e Edificação Sustentável da VELUX França.
Reforçar a eficiência energética das habitações para um futuro sustentável
Consumir menos energia de origem fóssil a todos os níveis é indispensável para conter o aquecimento global em limiares sustentáveis para o planeta. Com efeito, as novas técnicas de construção e de renovação permitem criar habitações bastante económicas em termos energéticos. Alguns edifícios ecológicos, ou com energia positiva, asseguram aos seus ocupantes um conforto climático perfeito em todas as estações do ano sem fazerem uso das energias fósseis, que são poluentes e onerosas. De acordo com o Barómetro de 2022, um em cada três lares europeus encontra-se numa situação de precaridade energética. Além disso, o bom desempenho dos edifícios torna-se ainda mais indispensável tendo em conta o aumento dos custos da energia.
"Nos últimos dez anos, os progressos obtidos em matéria de eficiência energética permitiram uma redução de 14% do consumo de energia dos edifícios. Estes ganhos contribuíram para reduzir as faturas dos consumidores, diminuir as emissões de CO2 e obter toda uma série de outras vantagens."
David Briggs, CEO do Grupo VELUX
Um interior saudável garante saúde e bem-estar
Assim, uma em cada três habitações europeiasa apresenta pelo menos um destes quatro riscos.
- 18% dos europeus estão expostos a ruído excessivo;
- 13% dos europeus vivem em habitações que padecem de humidade, fugas nas paredes ou nas coberturas;
- 7% dos europeus não consegue aquecer a sua habitação de forma suficiente;
- 5% dos europeus consideram que as suas casas são demasiado escuras.
Estes riscos apresentam uma correlação direta com a redução do bem-estar e da satisfação. Quem vive em habitações que apresentam os quatro riscos associados ao ambiente interior encontra-se cerca de cinco vezes mais predisposto a sentir-se infeliz, do que quem vive em habitações saudáveis.
Em contrapartida, uma habitação saudável contribui para prevenir doenças respiratórias e melhorar o sono e a capacidade de concentração. O ganho em termos de qualidade de vida é notável. O isolamento, a ventilação e o acesso à luz natural são meios simples de transformar o quotidiano dos ocupantes e obter importantes ganhos de produtividade.
Objetivos de desenvolvimento sustentável e a tendência em 2022
Um edifício sustentável consome pouca ou nenhuma energia fóssil, além de tirar partido dos recursos naturalmente disponíveis, tais como a luz do dia e o calor do sol, bem como proteger naturalmente os seus ocupantes contra as variações climáticas.
Permite, por exemplo, evitar o recurso ao ar condicionado para manter uma temperatura agradável no verão. Dessa forma, o aumento da temperatura interior, perigoso para os mais frágeis, como os idosos e os bebés, causa também a redução da produtividade do trabalho. No entanto, climatizar todos os habitantes dos Estados Unidos aumentaria as emissões de dióxido de carbono em dois mil milhões de toneladas por ano. As soluções alternativas existem e são mais indispensáveis do que nunca.
Os edifícios sustentáveis podem inverter a tendência energética e assegurar uma melhor qualidade de vida a todos, sustentando ao mesmo tempo o crescimento económico.